15 maio 2011

Terapia dos sonhos

Na sexta sonhei com o seguinte:
Tinha sido convidado para a casa de um rapaz que conheci uns anos atrás, quando dei aulas em São Jorge. Apercebi-me, sem surpresa, que os meus pais e a minha irmã estavam comigo. Não me lembro de entrar na casa, nem sequer vislumbrei a fachada, estava já numa sala de estar, com os meus familiares e os dele. A casa era gigantesca, sem obedecer a nenhum estilo estético em concreto: por vezes com uma alcatifa castanha sem graça, paredes brancas, móveis sem graça. A família dele (vários elementos, não contei nem fixei bem a cara deles) era hiper-burguesa, tratavam-nos com ares de arrogância e sobre-educação (eram de modos bocejantes).
Chegou o momento de comermos algo. Como não havia janelas não soube qual seria a refeição. As cadeiras eram de tamanho normal, mas tinham o assento muito pequeno e eram todas de estilos diferentes. Como o meu pai não consegue caminhar e tem dificuldade para sentar-se, ofereci-me para ir buscar uma cadeira que lhe fosse mais conveniente.
A minha irmã ia mais à frente no corredor, e decido correr para ultrapassá-la e agarrar a cadeira antes dela (por um motivo que desconheço, eu sabia onde encontrar a cadeira certa). A meio da corrida, um dos familiares, de maneira altiva, diz-me para não correr, até porque havia comida a ser transportada em tabuleiros e eu poderia fazê-los cair. Achei que me estavam a infantilizar e não gostei nada do comentário.
Depois dei por mim fora de casa, ao pé de um centro comercial sem ligação por estradas, só com terra batida ao redor. Estava perdido q sentia que o caminho de regresso estaria dentro do estabelecimento. Entrei por uma escadas que pareciam dar a portas de escritório. Tentei abrir uma até que uma empregada avisou-me que eram escritórios e eu não deveria estar ali. Continuei pelas escadas e resmunguei-lhe que as indicações estavam confusas. Ela respondeu-me "As indicações estão óptimas, você é que não sabe ler". Achei-a muito antipática.
Subitamente, estava fora do estabelecimento, por baixo de um viaduto, onde não passava nenhuma estrada e o solo era de terra batida, como o resto da área externa. Pensei continuar, mas afastei-me, pois receei o que poderia estar naquele local, apesar de ser dia e haver muita claridade. Oposto ao viaduto havia uma ponte com uns policias, a segui naquela direcção.
Cheguei a um café (que parecia estar dentro do centro comercial) e vi umas maçãs. Agarrei numa e trinquei-a: era doce e saborosa, refrescou-me. Nisto vi mais alimentos: uns quantos bolos com bom aspecto, empilhados e separados em cestos. Apercebi-me que cada um tinha um preçário. Aí apercebi-me que talvez fosse preciso pagar a maçã e, ao dirigir as mãos para o bolso, vi que não tinha carteira.
A empregada estava com mais dois ou três clientes, e decidi explicar-lhe porque estava sem dinheiro: divertido e debruçado sobre o balcão (ela parecia simpática), comecei a frase "Você não vai acreditar neste história..."
Aí acordei :)