28 março 2009

dúvidas



passando os olhos pelas imagens de arquivo, encontrei esta que achei curiosa. não tem andado o Homem sempre a tentar alcançar o céu?
e a maneira de o conseguir é tão simples quanto inacessivel: navegando até à linha do horizonte, basta tocar na água para tocar no céu em simultâneo...

20 março 2009

Tradução do post anterior em catalão (com adaptações)

El meu gat es diu Pablo es un gran boig i jo l'estimo molt.

Es un gat groc (els meus veïns tenen una pràctica comuna que es utilitzar el color dels gats para els seus nomes:

-Chisst Pssst mascota, gat negre, on és? escolto sovint per al barri).

Té el curiós costum de es relaxar de panxa amunt (boig, a mi no m’agrada gaire aquesta posició, així que sempre acabo dormint al sofà a veure el canal Odisseia , veient documentals sobre els óssos – han notat que és sempre sobre els óssos?). Els peus plegat en l'aire, mirant com si fos fet normal.

M'agrada força jugar amb ell, és el meu company més fidel en aquest moment de profunda crisi (encara que gairebé segur que mai hagi de faltar a la meva presencia se m’aniré un dia per aquest carrer ...).

A les fotos , l’estic prement el coll, però estem jugant. Aquest és en realitat una al∙lusió a la dimensió filosòfica de l'ésser, la dualitat constant entre el "jo" i la projecció del nostre ego, i l'acceptació o no del mateix ego. Crec que en Pablo no es va connectar amb la projecció del meu ego, perquè després es va perseguir un vol (tenien que veure com es porta com un gat a la caça, tan bonic).

M'agrada portar-lo al coll, prop de la xemeneia, però la meva germana sempre em va avorrir-me, dient que està massa espatllat i després es converteix en inútil, i no va perseguir ratolins. No estic d'acord: la seva forma de caçar les fulles mortes que són transportades pel vent ens demostra com es un caçador de primera categoria.

I té urpes afilats, que ja vaig sentir en la pell quan es va va pujar les meves cames fins el coll (la merda que es estúpid, podria saltar però no), o quan intento treure'l del coll perquè tingui que posar-lo al carrer (boig, no li agrada gens passar la nit fora, però cal dir que la meva mare va dir sempre que u gat dorm al carrer i serveix para caçar ratolins - paranoia que aquesta gent té amb els ratolins, sobretot després d'un documental de gats el canal National Geographic i que era la persecució els gats a l'Edat Mitjana per associació amb la bruixeria que han sorgit a la pesta, transmès per les rates).

El Vértigo és el seu sobrenom, perquè és un gat amb vertigen (generalment no és cap aval dels arbres sol, a menys que tingui a la boca el conill de pelfa que és massa feixuc i i massa pesat para ell i va caure. Jo sempre poso el conill a l'arbre).

Això és fantàstic d'estar aturat, tenir temps per escriure sobre el meu gat (a català i molt malament). I vaig escriure tot això amb l’ajuda de un traductor de la Internet que no em sembla gaire bo.

Petonets

Pablo Vertigo, o único que me compreende, Arouca




O meu gato Pablo é um grande maluco e gosto muito dele.

É amarelinho (conseguimos evitar a situação de chama-lo "Amarelinho", hábito muito comum adoptado pelos vizinhos de usar a cor para baptizarem os gatos

- Psst pssst bichinho, gatinho preto, onde estás? ouço muitas vezes a vizinhança).

Tem a curiosa mania de se deitar de costas quando quer descansar (ma-lu-co, nem gosto de me sentar assim, acabo sempre por me deitar de lado no sofá a ver o canal Odisseia, a ver documentários sobre ursos - é sempre sobre ursos já repararam?). Com as patitas dobrada para o ar, a olhar para nós como se isso fosse tout à fait normal.

Gosto muito de brincar com ele, é o meu companheiro mais fiel neste momento de profunda crise, embora tenha quase a certeza que nunca terá saudades minhas de um dia eu partir por esta estrada...). Numa das fotos que, estou-lhe a apertar o pescoço, mas é na brincadeira. Trata-se na realidade de uma alusão à dimensão filosófica do ser, à constante dualidade entre o "eu" e a projecção do nosso ego, e na aceitação ou não desse mesmo ego. Eu cá acho que Pablo não ligou muito à projecção do meu ego, pois fois logo correr atrás de uma mosca (haviam de ver como ele assume uma posição felina de caça, tão lindo).

Gosto muito de tê-lo ao colo, ao pé da lareira, mas a irmã anda sempre a chagar-me o juízo, dizendo-me que depois fica demasiado mimado e torna-se inútil, não caçando gatos.

Eu cá não concordo: pela forma como caça as folhas mortas de são levadas pelo vento ou, como ontem, brinca com os ramos que se arrastam pelo relvado durante a poda (amadora) que fiz na ameixeira, vê-se que é um gande maluco e tem reflexos de primeira. E tem garras afiadas, que já senti na pele quando tenta subir-me ao colo (trepa-me o estúpido, em vez de saltar) ou quando tento tirá-lo do colo para pô-lo na rua (aí agarra-se como um doido, não gosta de passar a noite fora, mas tem de ser diz a minha mãe gato que é gato dorme na rua e caça ratinhos - paranóia que esta gente tem com ratinhos, sobretudo depois de um documentário da National Geographic sobre gatos no canal 2 e que terá sido da sua persiguição na Idade Média por associação à bruxaria que terá surgido a Peste Negra, veiculada, lá está, por ratos). Aliás, sempre que a minha mãe o quer por na rua, deita-se de costas, como um protesto pacífico à Gandhi (ganda maluco).

O apelido dele é Vertigo, porque trata-se de uma gato com vertigem (já o fui buscar no telhado da minha casa e geralmente não desce sozinho das árvores, a não ser que tenha na boca o coelinho de peluche dele que é demasiado pesado e como não o larga acaba por cair com ele hehe. Sou sempre eu que ponho o coelhinho na árvore).

Isto de estar desempregado é fantástico, tenho tempo para escrever sobre o meu gato. Talvez arranje um tempinho e traduzo isto para catalão e envio a mais gente, histoire de ne pas me faire oublier.

15 março 2009

barco

pra que queres tu um barco

pra navegar
pra conhecer novos lugares
pra partir pra onde quiser

pra ser independente
e controlar a minha vida

pra ser livre
e deixar-me levar pela corrente